Andrius Voigth e o hip hop antes do "hospício" de Enéas Lour |
Piração total no "hospício". Quem tem juízo, obedece. |
Peronne, Brambilla, Siwek e Lour. Não faltou "loucura" em cena. |
Conflitos de identidade, poder, dominação, submissão. |
Raquel Rizzo, Luiz Brambilla, Thadeu Peronne, Zeca Cenovicz e Daniel Siwek |
Aplausos no final da leitura de "Como Matei o Presidente" |
Antes da leitura, na abertura do sarau, Andrius Voigth se apresentou com dança "hip hop" com seus movimentos acrobáticos.
O público presente riu do insólito "hospital psiquiátrico" construído por Enéas Lour e seus emblemáticos personagens que, afora seus estados mentais ou insanidades, sempre buscam dominarem, terem mais poder ou serem reconhecidos no que realizam, quer como profissionais desajustados, quer como contadores de histórias ou de perpetuadores de terríveis mentiras. Conflitos de identidades distorcidas não pela realidade, mas por, talvez, apego ao "mito" e suas imprevisíveis consequências. Mas o limite entre a loucura e a sanidade, no texto de Enéas Lour, trafega com ironia e um certo desprezo pelas convenções do que poderia ser ético numa instituição que acolhe pessoas com doenças mentais. Mas qual poderia ser a ética entre os desajustados? Ou qual o ajuste que poderia revelar, de verdade, o que é mesmo mentira ou realidade? Numa futura montagem, o público poderá buscar as respostas que Enéas Lour deixou no ar. Ou, quem sabe, respondeu no seu monólogo final e nos versos parodiados de uma cantiga de roda. "Meu pai me perguntou / meu filho, qual o caminho? Eu disse: Perdão paizinho / Sou só, porque sou sozinho!"
Antes de rir da situação absurda que os personagens daquele "hospício" mostravam, o público podia rir mesmo é das possibilidades reais que o enredo absurdo sugeria.
“Como Matei o Presidente”
Texto e direção de Enéas Lour
Personagens e atores:
Tobias - Enéas Lour
Yugoslava - Raquel Rizzo
Cícero - Zeca Cenovicz
João - Daniel Siwek
Garrincha - Thadeu Peronne
Cigano - Luiz Brambilla
Sobre o texto, comentários do autor
”Como Matei O Presidente”, é uma peça burlesca onde a linguagem do humor se mescla ao teatro do absurdo. Um homem – João – sem saber o por quê, acorda num sanatório onde pacientes e enfermeiros o tratam por um que não é o seu (João) e o mantém ali por anos. Todos sabem sobre detalhes de sua vida que correspondem à realidade, porém, ele não é quem as demais personagens (internos e enfermeiros) julgam e, muito menos o assassino do presidente como elas afirmam. O relacionamento dele com estas personagens e o conflito de identidade são explorados na trama que realça ainda as tentativas de domínio do poder naquele sanatório. Com um final surpreendente João assume o poder e consegue (ou não) livrar-se da pecha de assassino, quando assume o assassinato do Presidente. (Enéas Lour)
O abraço coletivo de quem organizou, assistiu e participou da leitura |
Brambilla, Siwek, Raquel, Thadeu, Douglas Daronco e Enéas |
Peronne, Siwek, Raquel, Andrius, Enéas e Simone Nercolini |
Eu Andrius Voigt, adorei trabahar com esta galera, abraço a todos!!
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